Em todo o mundo, o problema da obesidade continua a crescer, tornando-se uma preocupação significativa de saúde pública e que se relacionada a uma série de complicações médicas, como o câncer.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o excesso de gordura é o segundo maior fator de risco para o desenvolvimento de câncer, perdendo apenas para o tabagismo. O cirurgião bariátrico Nicolas Kruel, com mais de uma década de experiência no tratamento da obesidade, destaca os impactos negativos causados por essa doença:
“As complicações incluem doenças cardiovasculares, hipertensão cardíaca, doença coronariana, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2 devido ao aumento da resistência à insulina, problemas articulares devido ao excesso de peso, apneia do sono que afeta a qualidade do sono, problemas psicossociais afetando a autoestima e predispondo à depressão, além de aumentar o risco de vários tipos de câncer, como câncer de cólon, mama, endométrio e rins. O tratamento varia desde reeducação alimentar até cirurgia, sendo esta última uma das formas de tratar essa doença crônica global.”
É importante notar que, neste mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, a obesidade também se destaca como uma preocupação significativa. Estudos científicos demonstraram que o excesso de peso pode aumentar em até 40% o risco de desenvolver câncer de mama em comparação com mulheres com peso saudável.
“Na obesidade, há uma grande liberação de hormônios e citocinas inflamatórias, proporcionando um ambiente propício para a sobrevivência das células tumorais. Além disso, a inflamação resultante da obesidade prejudica o prognóstico e aumenta o risco de metástases em pacientes que tiveram câncer de mama, o que pode afetar a possibilidade de cura”, explica a mastologista, Clarissa Amaral.