Equipes de resgate que vasculham casas e veículos reduzidos a cinzas no Havaí, provavelmente vão encontrar de 10 a 20 vítimas a mais por dia durante algum tempo, de acordo com o Governador, Josh Green. Os incêndios começaram no dia 8 de agosto, na Ilha do Mauí.
Os dados divulgados até o momento indicam que o número de mortos chegou a 99 no domingo, 13, transformando essa tragédia em um dos incêndios florestais mais letais nos Estados Unidos em mais de um século. Green afirmou à CBS News que pode levar até 10 dias para determinar o número total de mortos.
Lahaina, uma cidade praticamente arrasada pelas chamas, é um exemplo do cenário devastador que esses incêndios deixaram em sua passagem. Até sábado, 12, apenas 3% da cidade havia sido encontrada e que cerca de 12 mil pessoas escaparam ou morreram no incêndio. O governador informou que as equipes devem encontrar mais vítimas e que levará tempo para identificá-las.
A colaboração dos cães farejadores tem sido fundamental para procurar mais vítimas, com um total de 10 cães atuando em conjunto com as equipes de busca e resgate da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA). Além disso, cães enviados pelos bombeiros do sul da Califórnia reforçaram os esforços locais.
Contudo, o clima extremamente quente e as condições desafiadoras do ambiente têm limitado o tempo de atuação dos cães farejadores. Por vezes, os cães conseguem trabalhar por apenas cerca de 15 minutos devido ao calor intenso. De acordo com Deanne Criswell, administradora da FEMA, além do calor, a presença de pontos quentes nas áreas afetadas também impacta a operação de resgate canino.
Até o momento, apenas duas das 99 vítimas conhecidas foram oficialmente identificadas. Além disso, o número de pessoas desaparecidas chegou a ser estimado em mais de 2.000, mas agora gira em torno de 1.300, à medida que as pessoas conseguiram restabelecer contato após a melhora do serviço de telefonia celular.
As causas dos incêndios ainda não foram confirmadas, mas fatores como ventos do furacão Dora e condições de seca contribuíram para a rápida propagação das chamas.
*Com informações do G1 e CNN Brasil