De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira do Sono de 2019, 65% dos brasileiros têm problemas de qualidade no sono. Esses problemas derivam de diversas causas, sendo o principal deles, a alimentação. Em comemoração ao Dia Mundial do Sono, 17 de março, a nutricionista Dra. Camila Spinelli explicou que cuidar da alimentação também é cuidar da qualidade do sono.
“Não só a alimentação que interfere na qualidade do sono, mas também o contrário. Quando a gente dorme mal, isso interfere na nossa alimentação do dia seguinte”, esclarece.
Com a rotina agitada do dia a dia, o estresse, a ansiedade e os problemas emocionais são constantes, refletindo na alimentação e, consequentemente, no sono.
A insônia, ou o fato de não dormir bem, interfere em dois hormônios específicos: o da fome (grelina) e da saciedade (leptina). “Se a gente não dorme bem, a leptina não é tão bem regulada e não consegue ser liberada durante o dia, por não estar equilibrada. Isso pode aumentar a fome e levar a saciedade a demorar para chegar, assim você come e nunca está satisfeito”, explica.
A nutricionista ainda alerta que geralmente quem tem privação de sono, ou não dorme tão bem, tem uma tendência de consumir alimentos mais ricos em carboidratos, para se manter mais acordado. Esses carboidratos, em excesso, podem levar ao aumento de peso e a problemas do coração, pressão alta, diabete e outras doenças crônicas. “Dormir faz parte do processo de emagrecimento”, completa.
O Dia Mundial do Sono faz parte de um evento anual, com o objetivo de reunir profissionais de saúde para discutir e distribuir informações sobre o tema.
Saiba quais as dicas de alimentos que ajudam a melhorar a qualidade do sono, na entrevista abaixo: