Há três décadas, o mês de outubro é marcado pelo movimento Outubro Rosa, uma iniciativa global dedicada à conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, o tipo de câncer que mais afeta mulheres em todo o mundo.
Em Santa Catarina, mais de 3.800 novos casos devem ser registrados este ano, de acordo com um estudo do Centro de Pesquisas Oncológicas e do Instituto Nacional do Câncer, baseado na taxa de incidência do estado. No Brasil, a estimativa é de 73 mil novos casos, aproximadamente 10% de todos os diagnósticos de câncer no país.
“Quanto mais cedo o câncer é detectado, maiores são as opções de tratamento e as chances de cura. Por isso, é importante incentivar as mulheres a conhecerem o próprio corpo, estarem atentas a qualquer alteração nas mamas e procurarem ajuda médica imediatamente quando necessário”, destaca o médico especialista em mastologia e reconstrução de mama, Dr. Marcelo Prade.
Além da prevenção e do diagnóstico precoce, o Outubro Rosa também busca empoderar as mulheres em relação ao seu corpo e à sua saúde, promover a conscientização sobre a importância do autocuidado, da informação e do apoio mútuo entre as mulheres que enfrentam ou já enfrentaram o câncer de mama.
Rede Feminina de Combate ao Câncer
Em Santa Catarina, uma das formas de acolhimento para mulheres em busca da realizaçõa de exames preventivos é a Rede Feminina de Combate ao Câncer. A entidade realiza o trabalho voluntariamente há mais de 60 anos no estado, e hoje, está presente em 73 municípios catarinenses.
“Outubro Rosa sinaliza que precisamos nos cuidar. Antes, o câncer era mais comum em mulheres mais velhas, mas agora o que nos assusta é que jovens estão tendo câncer de colo e de mama. O câncer é um modo de vida que podemos mudar, então precisamos cuidar de nosso aspecto psicológico, emocional e de nossa alimentação. Temos que nos cuidar, porque depois não adianta chorar quando o diagnóstico chega”, alerta Maria Helena Agassi, presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Florianópolis.
Fatores de risco para o câncer de mama incluem:
– Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
– Atividade física insuficiente;
– Consumo de bebida alcoólica;
– Exposição a radiações ionizantes.
Aspectos hormonais e da vida reprodutiva, como não ter filhos ou engravidar pela primeira vez após os 30 anos, uso de contraceptivos hormonais, parar de menstruar após os 55 anos ou ter feito terapia de reposição hormonal por mais de 5 anos, além do histórico genético familiar, também são considerados fatores de risco.