A cidade de Taió está enfrentando a pior enchente registrada, com o Rio Itajaí do Oeste atingindo 12,40 metros no início da tarde de segunda-feira, 9. As águas subiram rapidamente, deixando casas completamente submersas, algumas até o segundo andar.
Segundo o Corpo de Bombeiros, na madrugada de segunda, mais de 50 pessoas ilhadas foram resgatadas. Cerca de 300 pessoas encontraram abrigo nos seis centros de acolhimento providenciados pela prefeitura.
Uma força-tarefa com cerca de 80 militares, equipados com botes e veículos blindados, foi enviada do 23º Batalhão de Infantaria em Blumenau. Além disso, o governador Jorginho Mello sobrevoou a região afetada ontem para avaliar a situação de perto.
Toque de recolher em Rio do Sul
Rio do Sul ainda enfrenta consequências das enchentes, com centenas de desabrigados alojados nos abrigos municipais. A prefeitura decretou um toque de recolher, proibindo a circulação nas ruas entre meia-noite e seis da manhã, para reforçar a segurança pública. Além disso, as autoridades intensificaram as patrulhas de segurança até às 22h.
A decisão, de acordo com o prefeito, José Thomé, foi um consenso entre as Polícias Militar e Civil e a Guarda Municipal, na reunião do Grupo de Ações Coordenadas (GRAC). A medida é para evitar o chamado “turismo de enchente”. O diretor da Defesa Civil, Renato Abreu, explica que a medida procura inibir também furtos e vandalismo.
Esta é a quinta maior enchente registrada na cidade desde 1911. Mais de 1.200 pessoas estão abrigadas em 22 locais de acolhimento, enquanto aproximadamente 4.087 residências foram afetadas, deixando cerca de 11,8 mil pessoas desalojadas.