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Famílias perdem mais de um salário mínimo por ano jogando comida no lixo, revela pesquisa

O hábito de jogar comida no lixo, presente em muitos lares brasileiros, está gerando um prejuízo substancial, afetando não apenas os bolsos das famílias, mas também a questão da segurança alimentar.

De acordo com o levantamento, realizado pela empresa de alimentos Hellmann’s, baseada em dados da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, uma família composta por três pessoas joga, em média, R$ 1.630 por ano no lixo, um valor que supera em mais de R$ 300 o salário mínimo vigente, fixado em R$ 1.320.

Além do impacto financeiro, a pesquisa também chama a atenção para a falta de atenção e os hábitos dos consumidores, que estão entre as principais razões por trás do desperdício de alimentos.

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Os dados revelam que 8 em cada 10 brasileiros admitiram ter jogado comida fora em julho deste ano. O problema atinge diferentes faixas etárias e classes sociais, mas as classes mais abastadas (A e B) lideram o ranking, com 89% dos entrevistados nesse grupo afirmando terem desperdiçado alimentos no último mês.

O estudo analisa a influência de diversos fatores no desperdício alimentar. Entre eles, a pressa e a falta de atenção do cotidiano surgem como justificativas recorrentes. Cerca de 21% dos entrevistados revelaram que gostariam de reduzir o desperdício, mas se veem incapazes de fazê-lo devido às demandas da rotina diária.

O impacto do desperdício varia conforme a classe social e a faixa etária. As faixas etárias mais jovens demonstram maiores índices de desperdício, com 85% dos entrevistados entre 18 e 25 anos admitindo ter jogado alimentos fora. A porcentagem diminui gradualmente conforme a faixa etária, com 82% na faixa de 30 a 49 anos e 77% acima de 50 anos.

Os principais motivos para o descarte de alimentos são o esquecimento de ingredientes na geladeira e a eliminação de sobras de panelas e pratos após as refeições. Itens como arroz, legumes, saladas e pães estão no topo da lista de alimentos mais desperdiçados, representando uma perda considerável tanto do ponto de vista econômico quanto nutricional.

A gravidade desse cenário é agravada pelo contexto de insegurança alimentar enfrentado por muitos. Enquanto o desperdício cresce, um relatório da ONU revela que 21 milhões de pessoas no Brasil enfrentam a fome, destacando a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para combater tanto o desperdício quanto a falta de alimentos.

Levantamento

O levantamento, encomendado pela Hellmann’s à empresa de pesquisa de mercado Opinion Box, entrevistou 867 pessoas com mais de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do país, em julho deste ano.

* Com informações do portal G1

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