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Universalização do tratamento de esgoto poderia render a Santa Catarina R$ 14,8 bilhões por ano

De acordo com o Instituto Trata Brasil, Santa Catarina deixa de ganhar R$ 14,8 bilhões por ano, por não ter universalizado o tratamento de esgoto. O dado foi divulgado durante o Fórum Brasil ODS 2023, realizado em Florianópolis, na última sexta-feira, 27.

“Descontado todo o investimento, o estado teria redução de custo com saúde, melhoria de ganho com o turismo, com a educação e com a produtividade”, afirma Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil.

De acordo com a especialista, o estado despeja por dia 300 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento nos rios e no mar. Com isso, o aumento de viroses é comum no verão, com a contaminação da água. Ainda segundo o Instituto, em 2021, Santa Catarina registrou 2.769 internações por falta de saneamento básico.

Para a entidade, cada real investido em saneamento básico, no longo prazo, traz um retorno de R$ 5,70. “É algo excepcional do ponto de vista social, a gente não está só trazendo um benefício, está trazendo a base para o desenvolvimento econômico e social. É a base da mudança de vida, de sair do círculo vicioso da lombriga, da ferida na perna, que parece normal, mas não é”, explica Luana.

Em Santa Catarina, conforme dados de 2021, 98,4% da população têm acesso à água, enquanto apenas 32% tem acesso à coleta e tratamento de esgoto.

“Tem uma meta no marco legal que coloca como objetivo que todas as cidades precisam chegar a 90% de coleta de esgoto até 2026. O estado de São Paulo investe mais de R$ 200 por habitante em coleta e tratamento. Santa Catarina também deveria investir R$ 200 em média por habitante”, sugeriu a presidente do Instituto Trata Brasil.

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