O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social anunciou a liberação de R$ 8,9 milhões para ações socioassistenciais voltadas a imigrantes e refugiados. O repasse será destinado a quinze cidades de dez estados do país, visando atender cerca de 3.738 pessoas que foram acolhidas por programas de apoio ou buscaram assistência por iniciativa própria.
O objetivo é garantir um atendimento adequado, com foco na assistência humanitária, reintegração profissional e integração social desses grupos. Cada município beneficiado deverá apresentar um plano de ação dentro de um prazo de 30 dias. Caso contrário, os recursos serão recolhidos pela União.
Atualmente, o Brasil possui aproximadamente 65 mil pessoas reconhecidas como refugiadas, além de mais de 155 mil pedidos de refúgio em análise. O repasse financeiro, proveniente do Fundo Nacional de Assistência Social, visa assegurar seis meses de atendimento às necessidades básicas dos imigrantes, refugiados e seus familiares, além de facilitar a inserção em programas de reintegração profissional.
Cada município receberá uma parcela única, proporcional ao número de pessoas acolhidas, no valor de R$ 2.400 por semestre, equivalente a R$ 400 por mês. A responsabilidade pelo acompanhamento, implementação das ações e prestação de contas será atribuída aos conselhos de Assistência Social, com apoio técnico oferecido pela equipe ministerial.
Essa medida faz parte da Operação Acolhida, uma iniciativa criada em resposta à crise migratória venezuelana na fronteira norte do Brasil. A estratégia de interiorização busca realocar esses indivíduos em cidades brasileiras que se voluntariam para recebê-los, oferecendo-lhes oportunidades de reinserção no mercado de trabalho e uma nova perspectiva de vida. O Ministério do Desenvolvimento Social já interiorizou mais de 105 mil venezuelanos para diferentes estados do país.