Crédito: Stêvão Limana

Número de atentados em instituições de ensino crescem no Brasil

A chacina que matou quatro crianças e deixou outras feridas nesta quarta-feira, 5, na creche Cantinho Bom Pastor, no Bairro Velha, em Blumenau, foi o 23º ataque a escolas ou creches no Brasil desde 2002. Mais da metade desses crimes foram registrados a partir do ano passado e 11 tiveram vítimas fatais.

Pelo menos 37 pessoas morreram e atentados em instituições brasileiras, segundo levantamento realizado pelo Poder360, sendo o massacre mais fatal o de Realengo (RJ), com 12 mortes.

O ataque na creche foi feito menos de um mês depois que um adolescente de 13 anos matou uma professora a facadas em uma escola estadual de São Paulo. Outro caso semelhante ao dessa semana foi o de Saudades, no Oeste catarinense, onde um jovem de apenas 19 anos invadiu uma escola infantil, em 4 de maio de 2021, e deixou 5 mortos.

Medidas de segurança

Os ministros Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, e Camilo Santana, da Educação, anunciaram no fim de tarde desta quarta-feira, 5, medidas do governo federal para dar mais segurança às escolas de todo país.

Os dois participaram de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. O governo está montando um grupo de trabalho interministerial, ou seja, com a participação de vários ministérios, para discutir uma política nacional de segurança nas escolas. Esse grupo tem o prazo de 90 dias para apresentar um relatório.

Flávio Dino anunciou ainda nesta quarta-feira, um repasse de R$ 150 milhões aos municípios brasileiros para investimento em rondas escolares, diante dos recentes casos de ataques em instituições de ensino e do massacre em Blumenau. A pasta vai alocar também 50 policiais para monitorar e averiguar a existência de outras ameaças de ataques.

A determinação foi feita pelo presidente Lula (PT), e o primeiro edital deve ser divulgado na próxima semana. Durante uma reunião com as principais entidades estudantis do país, o ministro afirmou que a preocupação com a violência nas escolas e universidades é anterior ao evento em Blumenau, mas que este reforçou a necessidade de medidas de segurança.

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